sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Sobre a Intenção do Interpretante

Nossa pre-tensão diz que temos o domínio do Sitz im Leben associado a determinado corpvs textual. Uma vez admitida tal pré-Tensão, resta-nos assegurar quais são os critérios mínimos necessários para afirmar[mos] algo acerca do Texto ou do[s] objetivo[s] do autor quanto ao[s] seu[s] conteúdo[s]. Uma vez que não temos o autor diretamente à nossa disposição, a única alternativa que nos resta é a Probabilidade, haja vista que somos propensos ao Equívoco em nome de uma Pretensa Neutralidade. A compreensão do[s] inter-relacionamento[s] de todos os fluxos que consubstanciam a Realidade jamais estará ao nosso alcance. A indubitabilidade da intenção do autor, tendo suas implicações no domínio supra-contextual, posto que é Revelação, requer a nossa humildade no domínio do Texto, com-Texto, pré-Texto e inter-Texto. Caso contrário, nossa subjetividade – em nome de um legítimo processo exegético-hermenêutico pretensamente objetivo – passará a operar apenas como um princípio interpretante que traz em si os fundamentos da traição, porquanto a constatação de não termos diretamente a presença do autor à nossa disposição passa a ser descartada plena e essencialmente no processo de Investigação Textual. Nesse sentido, inevitavelmente, o Texto passa a ser aquilo que queiramos que ele seja. Somos a bússola de sua atualização. Somos traidores disfarçados de hermeneutas, em nome da Legítima Interpretação...

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