domingo, 19 de novembro de 2017

ΠΟΛΕΜΟΣ ΠΑΝΤΩΝ ΜΕΝ ΠΑΤΗΡ ΕΣΤΙ. ΠΑΝΤΩΝ ΔΕ ΒΑΣΙΛΕΥΣ, ΚΑΙ ΤΟΥΣ ΜΕΝ ΘΕΟΥΣ ΕΔΕΙΞΕ, ΤΟΥΣ ΔΕ ΑΝΘΡΩΠΟΥΣ, ΤΟΥΣ ΜΕΝ ΔΟΥΛΟΥΣ ΕΠΟΙΗΣΕ, ΤΟΥΣ
ΔΕ ΕΛΕΥΘΕΡΟΥΣ. (ΗΡΑΚΛΕΙΤΟΣ.)


"A profunda Conexão existente entre o Nascer e o Morrer, assim como também entre a Paz e a Guerra, revela apenas que Das Sein zum Tode espreita e unifica todos os Polos das Contra-Posições". (Ze´ev Hashalom). 



E que "so bad" que esta nossa tão Abjeta "Pós-Modernidade" não permita mais o incentivo àquela Brincadeira tipicamente destinada a preparar os Meninos do Século XX para a Realidade da Vida: "As Guerrinhas das Mamonas Tempestivas, Aflitivas, Degenerativas ou Assassinas"... Que Peninha...

https://www.youtube.com/watch?time_continue=7&v=HXbKF2fRJFo

Z H P L K S II .



S U L .

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

As Epístolas de João e o Projeto de Ze´ev Hashalom


Shalom-Eirene-Pax, Great Ze´ev´s Receiver !!!

Aqui estou eu mais uma vez para compartilhar com você um Projeto que tenho desenvolvido. Trata-se de uma Tradução das três Epístolas de João de minha Autoria, que também terá minhas Tentativas de Reflexão para a sua [In]Felicidade.

Evidentemente, a Perspectiva das minhas Tentativas de Reflexão que tenho adotado está puxando o filé de picanha para o meu braseiro, pois tenho tentado inserir nelas os insights de uma Abordagem Teológica em interconexão com algumas [Im]Pertinências Filosóficas, sem o mínimo de preocupação para com os F-22 Raptor[s] da Tradição Anglo-Saxônica Evangélica, a qual tem imposto os seus Paradigmas de Reverência a um Pragmatismo que desconsidera outras Opções de Enfoque.

A Parênese [ou Exortação] eu deixo por conta do Inquestionável João, pois quem sou eu para exortar alguém? Basta-me dizer que em determinados contextos de suas Epístolas João está a exortar. Para que me valer de sua Parênese para eu criar um discurso em tom de Exortador? Com efeito, não me agrada essa Tendência, tão comum entre nós evangélicos, de tudo resolver e de tudo aconselhar ou solucionar através de Receituários que insistimos [em] dizer que procedem das Sagradas Escrituras.

A título de Aviso aos Navegantes, sinto-me compelido a dizer que a Repetição no meu Plano Discursivo [com o intuito de reforçar Conceitos associados aos Inteligíveis Divinos] está presente em minhas Tentativas de Reflexão, porquanto a Índole Semítica [especialmente a Judaica, que merece um enfoque especial em meu Projeto, haja vista que não podemos descartar a Judaicidade de Jesus e de seus apóstolos] não tem problema algum com a Insistente Reverência aos Objetos associados à Esfera Divina. O Reforço de Conceitos Essenciais se faz necessário mediante a Repetição, e Isso também é Essencial.

Também estará presente em minha Opera, como um reconhecimento de minha [De]Limitação no Âmbito Gnosiológico, as Aporias. Por que não? Sem elas, sinto-me como se estivesse a crer na Crença Ingênua [olha aqui um pequeno tributo à Índole Judaica] de que podemos ter à nossa Disposição a Solução mais que desejável e inveterada de todos os Insolúveis na Inquirição Exegético-Hermenêutica. Santa Ingenuidade, Schleiermacher!!! Sorry...

Já traduzi e tenho feito as minhas Tentativas de Reflexão até 1 Jo. 3:1. Atravessei, portanto, a mediatriz da totalidade da Fenomenal Primeira Epístola do apóstolo João, a quem o nosso Redentor amava. São 37 páginas que o Cavaleiro da Subjetividade II tem conseguido fazer até o presente momento. Não está sendo fácil, mas vale[u] a pena aceitar o desafio que meu Idealismo tem sugerido ao meu conturbado ser, que se mostra cada vez mais perplexo diante dessa Tendência "cordeiresca" de [se] aceitar candidamente os Receituários provenientes de uma Idioscopia que não consegue se libertar das amarras do Pragmatismo Anglo-Saxônico. E o pior é que tal Idioscopia rotula de "legalista" todo aquele que procura adotar outros Focos, os quais não se coadunam com essa Insensatez de acreditar em Comentários Práticos.

Basta-me a Regozijo de constatar a Obviedade Fantástica de que a Revelação do Eterno é – para a nossa Alegria e Segurança – essencialmente a Revelação do Eterno; os Receituários Místico-Religiosos – quaisquer que sejam eles, para a nossa Tristeza e Insegurança – são inquestionavelmente os Receituários Místicos –Religiosos.

Um forte abraço, inestimável Ze´ev´s Receiver.

Ze´ev Hashalom, Pacis Lvpvs.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Impossível "Mix"


Contrariando este período caótico em que vivemos, julgamos ser mais interessante aquele contexto tido como arcaico, o qual tinha a seguinte regra básica para se estabelecer uma base mais sólida nos inter-relacionamentos: Sexo é o preço que as mulheres pagam para o Casamento, e o Casamento é o preço que os homens pagam para o sexo.(Anônimo, talvez do Século XVI d.C.).

As prostitutas sempre existiram como prostitutas, mas o que os homens atuais pretendem, como uma espécie de obsessão insólita, é um mix de parceira amorosa e prostituta vigorosa. Prostituta vigorosa e parceira amorosa jamais poderão co-existir, porquanto a esfera predominante de interesse e atuação de uma é intermediada exclusivamente pelo aspecto financeiro, a da outra, em contrapartida, é intermediada pelo interesse e ação para construir uma relação sedimentada em construtos sociais legais e estáveis. Os antigos dissociavam os objetos que, por natureza, deviam ser dissociados. O homem contemporâneo, como um tolo inveterado, suplica às mulheres esse mix. Ele se estraçalha por completo porque não consegue se relacionar simultaneamente com a prostituta vigorosa e a parceira amorosa. Não sabemos de relato algum sobre um relacionamento bi-lateral, exclusivo e ideal entre um homem e uma prostituta vigorosa. Ser prostituta vigorosa é não ser só de um homem, prezado homem contemporâneo, porquanto um ideal cósmico lhe é pertinente em sua acepção mais plena, porquanto mais direcionado ao seu Ser estar no mundo. Mas o homem contemporâneo insiste, como um adicto de ópio que crê na realidade de suas visões, em fundir a parceira amorosa com a prostituta vigorosa. Depois passa a interpretar, tragicomicamente, o papel de vítima. E ainda ousa criticar o sistema de liberdade em que viviam os seus tataravôs... É ridículo, infantil e trágico ao mesmo tempo. Sim, é isso mesmo. O ridículo, o infantil e o trágico podem perfeitamente lhe servir de combustível para a ignição de um equívoco no plano do diagnóstico dos construtos sociais...

Viva a Dicotomia Simbólica entre os arcaicos, que considerava Tolo todo aquele que tentava associar o que, por natureza, devia ser dissociado !!!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Prezado João

Salve, salve, prezado João!!!

É com grande alegria que venho lhe externar a minha esperança de que algo muito interessante possa ocorrer no cenário evangélico, de um modo geral, e no meio batista, de um modo urgente e especial... E para minha surpresa, de repente, eu recebo a notícia de que você será um pastor!!! Com minha total sinceridade, só peço ao Eterno que Ele lhe dê sabedoria para que você não seja um "pastor batista", mas seja um "pastor entre os batistas"... Estou lhe dizendo isto porque percebo que nesse imenso oceano místico-religioso-evangelical os tubarões precisam garantir, muito sub-repticiamente, o[s] seu[s] banquete[s] de salmões e de dourados, impedindo, por conseguinte, que as sardinhas, as cavalinhas, as pescadas etc. também possam participar de seu[s] banquete[s]... Agindo assim, os tubarões terão assegurado o seu estatuto ontológico, digo, marinho...Tubarão é tubarão, os outros peixes são apenas os outros peixes, ainda que alguns dentre esses outros peixes percepcionem a política do[s] banquete[s] dos tubarões...

O combustível básico para manter acesas as fornalhas da cozinha de onde vêm as iguarias para a concretização do[s] banquete[s] dos tubarôes é o obscurantismo do meio evangelical, que – além de existir – é estrategicamente incentivado...
Prezado João, que os undergrounds desse oceano místico-religioso-evangelical caiam por terra agora [este clichê não tem nada a ver comigo, mas é um recurso para me fazer melhor compreendido...] e que a sua influência cristã -- também como alguém que pondera razoavelmente a importância da Teologia, segundo uma perspectiva positivamente crítica -- prevaleça.

Ze´ev Hashalom, Pacis Lvpvs, que nesta missiva intermediada pela tecnologia se apresent[a/ou] como Cavalo-Marinho, despede-se otimistamente, crendo que muitos seres existentes nesse oceano mistico-religioso-evangelical chegarão um dia a admitir, de fato, que o[s] banquete[s] dos tubarões não é um mal necessário: é o resultado do apoio dos alienados que preservam qualquer que seja o credo doutrinário...

Um forte abraço e fique na Fenomenal Pax Christi.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

A Sacralização dos Eventos Sociais e o Coração

Longe de mim estejam os referenciais da tentativa de Sacralização de Qualquer Evento Social... Natal, Ano novo, Formaturas, Ordenação de pastor, Casamento, Velório, Páscoa, Dia da Educação Teológica, Dia da Bíblia, Aniversários de Pessoas, Ministérios, Igrejas, Cidades, Corais ou Casamentos, Dia de Missões, Dia da Oração, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Dia da Mulher, Bodas de Papel, Cristal, Diamante, Ouro, Prata ou Platina, Dia do Índio, Dia da República, Dia do Pastor etc. devem estar circunscritos, plena e essencialmente, na dimensão sempre discutível dos inter-relacionamentos sociais... Como é triste ter de constatar que Deus passa a ser invocado em Eventos que jamais poderiam ser dignos da invocação de tão Grandioso e Precioso Nome... É obvio que não estou me referindo ao Carnaval, Micareta, Mardi Gras, Festival à Rainha de Maio, Iemanjá, Maria mãe de deus, Queropita, senhora de Lourdes etc., porquanto todos esses eventos, de caráter social-místico-religioso, já se apresentam descaradamente adversos à Revelação. Refiro-me aos Eventos Sutis e Sub-reptícios que têm infestado o meio evangélico, os quais não precisam, em hipótese alguma, serem instituídos e aceitos em nome de uma práksis cristã como se eles tivessem indubitavelmente o aval de Deus. Podem me categorizar de fanático, radical, intolerante, impetulante, metido a dono da verdade, pedante, [in]significante ou qualquer outro adjetivo congênere devido a meu protesto, pois cansa-me ter de suportar o fardo do Senso Comum no domínio místico-religioso operando em nome de um processo de prioridades equivocadas. Só não me venham com aquele velho e previsível subterfúgio de que Deus está interessado, acima de tudo, nos corações humanos... Mas tudo bem se Deus é invocado também como Cardiologista para ter de aturar a Questionabilidade de nossas Convenções Sociais, eis aqui o meu coração, que já está a ponto de enfartar em função de tantos disparates cometidos em nome da Sacralização dos Eventos Sociais. Por que não posso suplicar a Deus para que Ele seja também meu Cardiologista ?

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Consideração sobre os Dois Objetos

Tentaremos agora, num contexto conturbado pela pressão do discurso assistencialista dos movimentos para inclusão dos marginalizados, contrastar dois objetos dignos de crédito para todos aqueles que estão interessados em diferenciar o essencial do acidental, o transitório do eterno, o lógico do trans-lógico. Tal contraste faz-se necessário, porquanto o universo em que estamos inseridos, ancorado no referencial quantitativo até o mais profundo de suas vértebras, não pondera razoavelmente o referencial essencial, de índole essencialmente qualitativa, que perpassa toda estrutura do Real, posto que os instrumentais de análise entre os humanos, também de índole quantitativa, favorecem uma abordagem que poderia ser considerada equivocada, a fim de que não se possa ser categorizada como pessimista, na melhor das hipóteses. Se estamos inseridos no Mundo, e a Bendita Palavra de HaShem nos diz que este Mundo jaz no maligno, nada seria mais razoável e lógico do que a nossa constatação de que todos os instrumentais teológicos, em termos de critérios, só possam colaborar para a certeza do enunciado do Nosso Senhor Jesus Cristo acerca de tal estatuto ontológico de nosso estranho Mundo. Assim sendo, desde já fazemos questão de frisar que o quantitativo predominante em nossas esferas existenciais há de sucumbir perante o qualitativo em nossa comparação, porquanto nossos dois objetos inevitavelmente situam-se no cenário que pressupõe o triunfo do Objeto Superior em detrimento do Objeto Inferior, em termos de Estatuto Onto-Teo-Lógico.
A Mídia, tanto a secular quanto a evangélica, situa-se e mobiliza-se em terreno movediço, o qual depende de uma determinada fermentação no plano da agonia, em seu sentido plenamente etimológico, haja vista que o elemento fundamental para despertar o interesse das massas é simbólico-funcional no plano das sublimações da morte, em seus mais diversos níveis. Trata-se daquele velho provérbio funcional, tão aclamado pelos idealizadores dos programas de entretenimento ou informação: quanto pior, mais fácil será a difusão e assimilação do conteúdo do programa. Uma espécie de nivelação por baixo, tendo em vista o triunfo do maligno, se adotarmos uma perspectiva genuinamente cristã. Nosso Objeto Superior, se pudermos assim dizer, opõe-se implacavelmente a esse triunfo cosmológico, uma vez que ele tem como garantia e penhor as palavras benditas dAquele que é o Príncipe da Paz e o Redentor do Mundo.
Confundir as Essências dos Objetos é inerente ao ser humano, ainda que a sua Finitude insista em lhe provar, muitas vezes, que se trata, em alguns casos, de entrar num Labirinto de Equívocos sem saída que tem totalmente fechada, depois de certo tempo, a porta de entrada...
O primeiro objeto, que podemos categorizar como Objeto Inferior encontra o seu fundamento na igreja instituição, evidentemente cheia de falhas e imperfeições, pois onde há seres humanos há certamente manifestações que consubstanciam as humanidades, o que tautologicamente confirma as falhas e imperfeições humanas inevitáveis, porquanto o pecado está enraizado em todas as esferas de atua[liza]ção humana. Tal Objeto Inferior, apesar de tudo, pode ser receptáculo do reflexo do Objeto Superior. Não nos esqueçamos de a igreja instituição de Corinto, conforme podemos constatar em 1 Co 5.1-5, mereceu uma severa exortação da parte do apóstolo Paulo devido ao grave pecado de incesto praticado por uma pessoa que era membro da igreja instituição, com certeza, mas que, a nosso ver, também pertencia genuinamente a Cristo, posto que a severa disciplina do Eterno fora solicitada pelo apóstolo Paulo, afim de que o espírito de tal pessoa fosse salvo no dia de HaShem. A questão é complexa.
O que nos parece razoável categorizar como Objeto Superior é a Igreja de Cristo, sendo e estando totalmente desvinculado das falhas e imperfeições humanas que se manifestam na igreja instituição. Por ser Objeto Superior, evidentemente alicerçado em Estatutos Onto-Teo-Lógicos para tal parecer doxológico, só pode ser digno de admiração, elogio e atua[liza]ção triunfal, ainda que o Objeto Inferior, a igreja instituição, apresente índices que cada vez mais desagradem e entristeçam o coração do Eterno. O mundo, ao criticar a igreja instituição, nem desconfia da existência da Igreja de Cristo, que não tem vínculo algum com qualquer instituição humana, incluindo as igrejas.
Em termos de advertência, a Palavra de HaShem é bem clara e específica sobre os problemas que poderiam estar presentes nas comunidades em que os cristãos se reunissem. Os falsos mestres, os falsos discípulos, os falsos ministérios, as heresias, as apostasias etc essencializam o universo onto-lógico do Joio entre os cristãos. O Trigo, símbolo do cristão genuíno, e o Joio, símbolo do pseudo-cristão, co-existem na igreja instituição. O cristão genuíno, pertencendo qualitativa e quantitativamente ao Objeto Superior, a Igreja de Cristo, está inserido na igreja instituição; o pseudo-cristão, pertencendo apenas qualitativa e quantitativamente ao Objeto Inferior, a igreja instituição. Segundo os desígnios do Eterno, ambos devem co-existir somente no domínio do Objeto Inferior, a igreja instituição. Uma vez que é somente HaShem quem sonda plenamente os corações, não existem padrões entre nós cristãos para saber[mos] quem é o Trigo e quem é o Joio. A co-existência do Trigo e do Joio na igreja instituição, o Objeto Inferior, pode nos parecer parodoxal, mas é necessária e nos serve de alerta para criticarmos, com amor e moderação, a igreja instituição, uma vez que nela também se encontra o Trigo, o índice simbólico de todo aquele genuíno discípulo do Senhor Jesus. Trata-se de dois reinos, distintos plena e essencialmente apenas por HaShem. Segundo Jesus Cristo, é inevitável a ocorrência de escândalos, inclusive na igreja instituição, o Objeto Inferior. O Juízo Divino sobre tais escândalos, em equivalência plena, também é inevitável. A Igreja de Cristo, o Objeto Superior, porém, é Inabalável, Gloriosa, Vencedora, Pacífica, Bondosa, Divina, Longânima e qualquer outro adjetivo portador de atributos apreciados por HaShem. Para cada adjetivo depreciativo para denegrir e condenar a igreja instituição, proveniente do mundo, imaginemos o seu antônimo para apreciar a Igreja de Cristo, o Objeto Superior, haja vista que não confundimos o Objeto Inferior com o Objeto Superior.
Cremos que não seja inadequado ou impróprio nos valer da categoria Objeto Inferior para nos referir à igreja instituição, porquanto o contraste com a Igreja de Cristo, definida teo-logicamente como a Igreja Universal e Invisível que triunfa neste contraditório Mundo, basta-nos para categorizá-la como Objeto Superior. Se não há problema algum em aceitarmos a superioridade da Igreja de Cristo, por que então relutarmos em aceitar a inferioridade da igreja instituição? Cremos ser desnecessário recorrermos à Lógica para provar a consistência de tal categorização. O que nos parece um contra-senso é defendermos a igreja instituição, o Objeto Inferior, como se ela fosse a Igreja de Cristo, o Objeto Superior. Cada um desses dois Objetos deve estar circunscrito à sua Definição ou Conceito Onto-Lógico. Não nos parece razoável a confusão, em termos epistemológicos, no processo da apreciação de Objetos tão distintos.
Eis que subitamente vêm ao nosso encontro aquelas intrigantes questões que nos perturbam a alma, cujos fundamentos consistem em tentar conciliar os termos irreconciliáveis ou antagônicos. Tais questões têm a ver com o desprazer em relação à igreja instituição, percepcionada e vivenciada por muitas pessoas em nosso meio evangélico e seriamente criticada pelo Mundo cruel e contraditório. Eis algumas dessas questões, tão simples e tão complexas, ao mesmo tempo: É possível ser um cristão genuíno sem estar inserido em uma igreja instituição, posto que cada vez mais os escândalos se manifestam? Por que me envolver em atividades na igreja instituição, se cada vez mais a apostasia está presente nela? Se a igreja instituição propaga a Mensagem do Evangelho, por que cada vez mais ela parece estar tão distante da práksis genuína do Evangelho? Etc. A nossa resposta, cremos que também tão simples e tão complexa, só pode ser esta: Por amor à Igreja de Cristo, o Objeto Superior, devemos estar inseridos e comprometidos com a igreja instituição, o Objeto Inferior. O anti-exemplo de Judas Iscariótes, sendo Joio entre os apóstolos de Jesus Cristo, nos serve de exemplo para não condenar ou denegrir a igreja instituição, que tem em seu rol de membros o Trigo e o Joio. Assim como seria insensato condenarmos a noção de Apostolado ou Corpo Apostólico devido ao anti-exemplo de Judas Iscariótes, do mesmo modo seria insensato condenarmos a igreja instituição devido aos seus anti-exemplos que podemos constatar imparcialmente. A “fidelidade” dos onze apóstolos de Jesus Cristo, em termos paradoxais para o nosso entendimento, justifica e autoriza a essência do Apostolado ou Corpo Apostólico criado por Jesus Cristo, sem tentarmos justificar – evidentemente – a atual profusão dos apóstolos contemporâneos. Por Analogia mais que Necessária, a “fidelidade” do Trigo, que está inserida na igreja instituição, desempenha o seu papel de Refletor da Igreja de Cristo, o Objeto Superior. Os anti-exemplos da igreja instituição, o Objeto Inferior, em hipótese alguma, afetam ou denigrem a essência da Igreja de Cristo, o Objeto Superior. Os anti-exemplos da igreja instituição co-existem com os exemplos de Conversão, Perdão, Regeneração, todos misericordiosamente propiciados por Aquele que converte, perdoa e regenera no campo de atuação onde estão inseridos, conjuntamente, o Trigo e o Joio, que é a mesma igreja instituição, para que a Igreja de Cristo prossiga rumo ao seu alvo: a Salvação de Almas e a Glorificação do Precioso Nome: Jesus Cristo. As noções de Trigo e de Joio nos anima e nos incita a considerarmos a igreja instituição de um modo mais brando e razoável justamente porque é somente HaShem quem sabe verdadeiramente diferenciar essas duas essências, que apenas em aparências são tão iguais. E como somos propensos a valorizar inadequadamente as aparências, em nossa apreciação cometemos o equívoco de condenar e/ou denegrir, ao invés de ponderar com amor, os anti-exemplos da igreja instituição, o Objeto Inferior.
Apesar de todo esforço midiático para denegrir e condenar a igreja instituição, o Objeto Inferior, como se ela devesse corresponder plenamente à Igreja de Cristo, o Objeto Superior, julgamos que ela seja a melhor instituição – além da família, célula mater da sociedade – para estabelecermos vínculos genuinamente cristãos, porquanto nela a Palavra de HaShem é valorizada e reverenciada, apesar da constatação de muitos anti-exemplos contidos nela.

Ignora o Mundo que o Reflexo não implica necessariamente a Correspondência Plena, nem tão pouco a Igualdade Plena. Seria Insensatez [Plena] julgar que o Objeto Superior corresponda ou equivalha plenamente ao Objeto Inferior, justamente porque o Estatuto Onto-Lógico deste é essencialmente Inferior ao Estatuto Onto-Teo-Lógico daquele.
Bendito seja HaShem, que por sua Misericórdia, Amor e Graça atuou, atua e sempre há de atuar, enquanto durar este Mundo, através [também] da igreja instituição, o Objeto Inferior. O Reflexo da Igreja de Cristo, o Objeto Superior, na igreja instituição, o Objeto Inferior, ainda que possa ser considerado extremamente mínimo, é tudo o que basta para o Trigo comprometido e inserido na igreja instituição, o qual jamais se abala, porquanto a Certeza do Triunfo de Jesus Cristo, o Cabeça e Fundamento de tão Fenomenal Objeto Superior, é-lhe mais que uma Realidade, é um Motivo de Existência...

sábado, 1 de setembro de 2007

Reta Hermética

Estamos situados em uma reta hermética. À nossa esquerda, os interditos [est]éticos das simbologias arcaicas; à nossa direita, as aporias existenciais do Zeitgeist do de-vir. Nossa estrutura onto-lógica, movendo-se para a esquerda, presume-se imponente para questionar de modo imparcial as inadequações arqueológicas do Zeitgeist de outros tempos. Entretanto, constatamos uma espécie de náusea instaurada na consciência hodierna, que no plano implacável das conseqüências sociais corresponde ao des-crédito de tudo aquilo que possa parecer um projeto alicerçado em significações de ordem meta-física. Devido à nossa condição de insatisfeitos, passamos a mover a nossa estrutura ontológica para a direita, acreditando somente na evidência dos valores de ordem física. Agindo assim, intensificamos ainda mais o mal-estar característico das incoerências de um sistema alienante difundido pela sociedade de consumo, o qual depende da crença ingênua no mundo globalizado. Sob um determinado aspecto, nossa condição humana representa justamente a nossa incapacidade de analisar especularmente todas as variáveis instauradas no arcaico, no presente e no de-vir. Somos, vivemos e representamos a crise de um ponto inserido nessa reta. Somos indelevelmente o intervalo da incerteza... Somos as con[tra]dições da Contemporaneidade...